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Ontem (domingo) a gente nem precisava fazer hora da vila, mas fizemos mesmo assim. Acho que a experiência das vilas realmente enriqueceu o Basecamp, imagino como seria uma piscina com esse conceito... O objetivo geral ontem era terminar o rush e a lista de C. De minha parte, o rush estava terminadíssimo no sábado de madrugada, então foquei na lista de C com calma. Rolaram uns debates aquecidos no meu grupo do rush por questão de interpretação das instruções do pdf. Até que ponto vale a pena instruções vagas “para que vocês se virem entre si”, se isso gera questionamentos que sozinhos ñ temos como resolver, e isso só gera ansiedade? Me pareceu que gastamos horas discutindo coisas que poderiam ter sido poupadas se as instruções fossem menos cretinas. Ou se a tradução do texto original fosse mais fidedigna.
De qualquer jeito, domingo caminhou tranquilo. Meu irmão veio visitar de tarde, e foi bom parar algumas horas do dia (e pela primeira vez nos últimos 7 dias!) para conversar com outro ser humano face a face, sem pressa, sem um objetivo. Até tive o luxo dele cozinhar para mim de noite, ato de cuidado muito bem-vindo e providencial.
Outra coisa muito massa que rolou no domingo foi que o últmo exercício da lista que eu estava trabalhando foi feito a 6 mãos. Eu já tinha ouvido falar de pair programming, apesar de que na prática o que eu vi foi uma pessoa escrevendo o código enquanto a(s) outra(s) observam, num lugar passivo, sei lá. Algo de improdutivo até nessa dinâmica. Mas ontem vi pela primeira vez funcionar: uma pessoa escrevendo o código e opinando, outra pessoa ativamente opinando e pensando em possibilidades e soluções, e uma terceira pessoa, mais experiente, que já tinha feito o exercício (há dias, diga-se de passagem) dando conselhos aqui e ali, sugestões de como melhorar o código, e destravando quando as outras duas chegavam em um beco sem saída. Terminei de escrever aquele código com a sensação clara de que “isso aqui não é meu, é nosso”. Foi uma experiência incrível, espero que se repita mais vezes nesse basecamp, e fora dele também.
Segunda começou, e a dinâmica que propuseram pro check in da vila hoje foi mais interessante, mais encorpada. Uma pessoa por vez falava qual foi o maior desafio da semana passada e que continua pegando pra você, e então as demais pessoa da vila davam sugestões do que poderia ser feito para conquistar o desafio. Ao final, a pessoa que começou falando apresentava qual foi a solução que mais gostou e que iria se comprometer a realizar durante a semana. Pra mim, refleti que a maior dificuldade foi (e continua sendo) saber a hora de pedir ajuda e me abrir para receber o apoio da comunidade. Apesar de estar muito contente e confiar na galera da vila, refleti que durante a primeira semana fiquei praticamente fechado na bolha das pessoas que já conhecia (vila) e das que tive que obrigatoriamente conhecer (por conta das avaliações), e nada mais. E depois de ter tido uma experiência tão rica no domingo, concluí que para essa semana o meu compromisso seria me fazer masi presente nos canais públicos do Basecamp.
Outra coisa que mudou nessa semana foi a percepção coletiva (pelo menos da galera da vila, e também de algumas pessoas que avaliei hoje) de que não vale a pena ficar gastando tempo e energia com os exercícios mais difíceis das listas. Afinal, para avançar, é exigido apenas uma porcentagem mínima de conclusão das listas (uns 80% dos exercícios de cada lista). E refletimos durante a hora da vila, o quanto vale a pena querer fechar uma lista de ponta a ponta hoje, sendo que é muito provável que se deixarmos esses exercícios de molho por uma semana, na semana que vem estaremos mais inteligentes e teremos mais ferramentas para voltar atrás e revisitá-los. Eu pessoalmente estou satisfeito com essa virada de rumo, e só não enviei a lista C_01 pra avaliação hoje porque estou muito cansado e queria dar um confere com calma nos exercícios amanhã de manhã.
Hoje também foi dia de correção do Rush, e novamente pra não dar spoiler, o comentário que deixo aqui é que fiquei decepcionado com a estratégia deles na avaliação do Rush. Digamos que, um zero por um zero, o exame e o rush tiveram o mesmo resultado; mas os zeros dos exames foram mais dignos, mais frutíferos, e os zeros do rush foram desnecessário, e um tico tóxicos, IMHO.
Essa falta de clareza nas instruções (e também no critério de avaliação) gerou uma comoção mais tarde, na Hora da Comunidade, momento em que todo o basecamp se reune para avisos e dúvidas gerais. Uma camper trouxe o questionamento do quão útil estavam sendo umas instruções específicas que no final das contas não eram algo que conseguiríamos resolver por nós mesmos, e que só fizeram gerar ansiedade em parte dos campers. Eu acho que ela tinha um ponto válido, principalmente porque o discurso do Bocal desde o check in e ao longo dos dias é objetivamente o oposto ao que essas instruções deram a entender. De maneira geral, acho que cada pessoa/instituição é integralmente responsável pelas palavras que escolhe usar. É desonesto que uma falha de comunicação fique inteiramente na conta de quem “entendeu errado o que eu quis dizer”. No mínimo, é uma responsabilidade compartilhada, porque a palavra é pacto. E no extremo, se existe uma mensagem que eu desejo passar, e se as palavras que utilizo abrem espaço para o exato OPOSTO ser interpretado, então eu posso sim fazer o esforço de escolher outras palavras que tragam mais clareza e assertividade. Um pouquinho mais de empatia / UX evitaria muito, muito estresse desnecessário.
Pra terminar em uma nota mais leve, hoje também recebemos os distintivos referentes às nossas conquistas da primeira semana. Essa dinâmica me parece ser exclusiva do Basecamp (e da 42 São Paulo / HU3BR), e funciona mais ou menos assim, toda atividade do basecamp de alguma forma conta pontos para a sua pontuação semanal, divididos em categorias, como “Projetos”, “Exame”, “Tempo online”, coisa assim. Se ao final da semana você conquistar determinados pontos, vc recebe um distintivo! Não lembro de mencionar isso nos posts anteriores, mas quando soube que haveria esse sistema de distintivos, meu espírito de treinador pokémon aflorou, e com ele minha competividade ehehhee queria pegar todos os distintivos possíveis. A verdade é que a maioria deles é literalmente um “parabéns por ter feito o mínimo esperado”. Ainda assim, nem sempre o mínimo esperado é fácil de cumprir!
Enfim encerrada a primeira semana, e contabilizados os pontos, qual foi minha surpresa ao descobrir que na verdade acabei recebendo os quatro distintivos possíveis da semana! Fiquei muito, muito feliz. Especialmente com esse aqui, “Helper I”, que foi resultado de uma votação interna nos campers que mais prestaram ajuda durante a semana. Sinceramente foi uma surpresa positiva, e fico feliz que em meio a capotes da Moulinette e muita fritação dos neurônios, ainda assim consegui contribuir com a comunidade! 🎊 ✨
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